Busquei em meus pensamentos elevar minha mente e descobrir outros caminhos que pudessem me levar a ver outro modo de agir e pensar.
Criei textos, tanto espirituais, quanto românticos, que fazem dos meus momentos de reflexão, meus momentos de criação.

I called up my mind to raise my thoughts and find other ways that could take me to see another way of acting and thinking.
Created texts, both spiritual and romantic, which make of my reflective moments, my moments of creation.

sábado, 20 de agosto de 2011

INAUÃ

Inauã sempre ia no mesmo lago pescar
O seu precioso alimento,
Mas antes de tudo ficava parado
Na margem admirando o reflexo
De sua imagem no espelho límpido do lago.
De arco e flecha em punho,
Lentamente mirava o peixe,
Ao fundo o imenso silêncio,
Onde só se ouvia os cantos dos pássaros.
Libertou sua flecha,
Que antes de acertá-lo,
Atravessou sua imagem.
Assustado, Inauã levou sua mão ao peito
E descobriu que o sangue vinha
Do fundo do lago era igual ao seu.
E na ponta da flecha
Seu alimento que se debatia, morreu.
Inauã agradece aquela morte ao seu deus.
Tirando de seu peito, o peso daquela vida
Que vinha do fundo do lago.
Transformando a morte
Num alimento sagrado para sua família.

2 comentários:

  1. Belos versos amigo. Sabe, estou aqui em Santarém-PA. Cara estou fascinado com a imponência do Rio Tapajós. De fato, os paraenses dizem que as águas do Tapajós são: "um caribe na amazônia". Estou começando a achar que isto é verdade...
    Abraço fraterno, M. Aurélio.

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  2. Oi, mô!

    Sinto tanto a sua falta! Sinto falta de estar com você, de ver você escrever, de digitar seus textos, enfim..... se cuida e volta logo!

    Te amo e muitos bjs,

    Sua Si.

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