MÉRITO EXISTENCIAL

O que os anjos abençoam,
Todo o céu se compadece,

Jesus se comove e a família é consagrada.

Na tarefa árdua de manter a família unida,

O amor sempre a acompanha,

Firmando o elo na  perfeita união

Desses espíritos que já viveram antes.

E hoje por determinação de Deus

Estão novamente juntos

Criando nessa  família um vínculo

De laços eternos, espirituais e terreno.

Mérito de toda humanidade,

Símbolo único do amor.

ABRIGO

ME ABRIGO NA SOMBRA DE UMA ÁRVORE.

O CANSAÇO ME ATINGE

E ESTOU LONGE DO FIM DA MINHA CAMINHADA.

ME REFRESCO NO VENTO SECO

QUE LEVANTA A POEIRA E FAZ FECHAR MEUS OLHOS.

SINTO VIBRAR O CALOR QUE ENTORTA O CHÃO,

NO FIM DA ESTRADA, QUE ERA PERFEITA, RETA.

MAS BEM LONGE SINTO A PRESENÇA DA FORÇA DA CHUVA

QUE VEM AO MEU ENCONTRO SEM MUITA PRESSA.

A FORÇA DA NATUREZA QUE SE EXPRESSA COM RAIOS,

ME ALERTAM QUE NÃO ESTOU MAIS SEGURO.

SINTO QUE APUREI EM CONJUNTO TODOS OS MEUS SENTIDOS,

PERCEBO O IMINENTE PERIGO E RAPIDAMENTE ME AFASTO DALI.

DO CÉU, UM RAIO ACERTA MEU ANTIGO ABRIGO

COM TODA SUA FORÇA.

SINTO SUA VIBRAÇÃO QUASE ME TOCAR, 

E A CHUVA CHEGA, E ME ACALMA.

A NATUREZA ME TOCOU

E SIGO MEU CAMINHO MAIS VIVO .

DESENCANTO

SUA VOZ CORROMPEU MEU SER

E INVADIU MEU CANTO

SUMIU SEM EU VER

CAI EM PRANTO

GUARDEI SEU TOM

QUE ERA PRA MIM...ENCANTO

JÁ TE BUSQUEI

MUITO MAIS ALÉM

DOS QUATRO CANTOS

SERÁ QUE UM DIA EU TE ENCONTRO?

AGUARDO TRISTE QUASE SEM VOZ

POR VOCÊ PERDI O MEU CANTO.

MAR EM FÚRIA

Periscópica visão,

Que aos poucos desembaça,

Emergindo do mar de lágrimas

Por falta dos carinhos teus.

Te localizo numa ilha sozinho

Em prantos com falta de mim.

Nossas brigas

Revoltam as águas.

Mar em fúria,

Que nos afasta,

Mas não deixa nunca

Nosso amor se afogar

Céu

Tênue como uma bruma,
Meu espírito agora diz para o meu corpo descansar.
E rente ao meu plano da Terra,
Vago com uma nuvem quase dispersa.
Carregando com vício todos os meus sentidos,
Me desperto fazendo minha mente acordar.
Nessa minha nova visão,
Que ainda tenho que compreender,
Vivo como num sonho estranho.
Pairo sobre um imenso vale
E transpasso pelas grandes árvores.
Acordo deitado numa grama macia
Que nem dá vontade de querer levantar.
Abro meus olhos e vejo o céu.