Consigo ver o seu mundo
Em pedaços daqui de cima,
Não faz calor e nem faz frio,
mas sinto o frio que vem do fundo de suas almas.
Vejo tudo o que se passa
Num piscar de olhos,
Num segundo do seu tempo.
Não ouço os sons estridendes das suas cidades,
Porque a paz sobrepõe o caos dos seus tristes pensamentos.
Já fui humano e sinto a falta do vento no meu rosto
E do som das ondas do mar,
Mas agora, daqui onde estou, escuto um coro forte,
Um lamento.
E sinto pena de quem passa fome no mundo
Que o homem acha que é seu.
De joelhos peço mais uma vez a Deus para ser seu penitente.
E peço que deixe os portões do céu abertos,
Para que os muitos que sofreram
No mundo da agonia, da tristeza e da fome,
Que fora criado pelo próprio homem, possam entrar.
Porque Deus nunca quis assim,
Mas o homem insiste que tem que ser da sua forma.
E o que cabe a mim agora é rezar e pedir pelas almas de todos.
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