Dentro de um mundo que vivi nos sonhos
Somos meros hóspedes.
Tudo que acontece parece solto, sem nexo
E a queda do abismo que nos acordava
Se torna mais lenta, às vezes rápida.
A vaga que tanto tememos não arrebenta,
Fixada no horizonte, como uma ameaça constante.
O desejo de voar, enfim chegar.
Alcanço as nuvens.
O vislumbre da terra passa rápido,
Como se estivéssemos num trem.
Sol e lua se invertem e seus tamanhos são opostos.
As pedras nas montanhas brilham como estrelas.
Piso no chão que agora é espaço e eu ainda respiro.
Bem ao longe observo uma espiral sua imagem é grandiosa.
Sua energia cósmica, tudo que toca absorve,
Minha mente se confunde.
Me desmaterializo.
Um feixe de luz me transporta.
E sigo para algum lugar sem rumo...
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